Algo
que comumente escutamos é que todos desejam ter certeza do que farão de suas
vidas no futuro, porém o futuro não nos pertence, o que temos por certo é o
presente e o que fizermos dele moldaremos o nosso futuro.
Nós
cristãos não acreditamos em destino no sentido de que temos que cumprir uma
tarefa na terra para só assim herdarmos o céu. O que acreditamos é que Deus nos
chama e nos lança um convite, tem um sonho para cada um de nós, isso porque
deseja nossa felicidade, afinal nos criou com essa finalidade.
Com
tudo, responder a esse convite não é tarefa fácil, isso porque sempre exigirá de
nossa parte renuncias, e sabemos o quanto é difícil dizer não a nossas paixões
e vontades, porém é preciso ser ousado e se lançar ainda que não tenhamos muita
“certeza”, isso porque a certeza, se é que necessitamos tanto dela assim, virá
de Deus. Digo isso, pois somos levados a pensar que temos que ter plena
segurança do que iremos fazer para o resto da nossa vida, com tudo, não é assim
que funciona! Precisamos entrar na barca e remar, daí pode vir a pergunta, como será o trajeto? Deixemos nas mãos de
Deus! Ele nos dará forças para remar e
nos manterá firmes durante o trajeto, é evidente que nos cansaremos, por alguns
instantes irá parecer que estamos sozinhos no barco, dará vontade de aportar em
qualquer margem, porém é preciso lembrar que nos será apresentado um lugar
segurar para aportar.
Deus
quando nos fez homens e mulheres cunhou em nós uma marca de felicidade, por
isso independente da forma como formos desempenhar nossa vocação, seja na vida laical com o
matrimônio e o serviço pastoral, ou na vida religiosa, ou ainda como padre o
que importa é não sentir-se nem maior nem menor do que ninguém, nem mais nem
menos digno apenas um sinal de contradição, frente ao incerto que é o mesmo
tempo realizador e desafiador.
Seguir
a voz de Deus é um sinal de contradição justamente, porque estamos acostumados
com a lógica comercial que se apoia na segurança trazida por coisas, lugares e
até mesmo pessoas, porém seguir a voz de Deus é contar com a força da fé e se
lançar num desafio onde só será feliz quem conseguir responder essa voz, não
como puro mérito e sim pela simples satisfação de manter-se fiel até o fim sem
perder o amor e a ternura.
Vocação
é um desafio que não vale só a pena, vale a vida!
Unidos
naquele que primeiro nos amou!
Diác.
Alexandro Freitas