quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Quem é Carlo Acutis?



Carlos Acutis foi um adolescente italiano nascido em 1991 e aos 15 anos em outubro de 2006 faleceu vitima de uma leucemia gravíssima.

O que torna Carlo um jovem especial é o fato de ter tido uma breve mais fascinante vida, não fez coisas “miraculosas” foi simplesmente um adolescente todo de Deus, se esforçava na Escola, tinha muitos amigos mais devotava especial atenção a dois amigos Jesus e Maria, sobre tudo a Eucaristia tanto no sacrifício da Missa quanto a adoração, sua mãe conta que desde a sua primeira comunhão até sua morte Carlo frequentou diariamente a Santa Missa, chegando a dizer; “A eucaristia é minha autoestrada para o céu.”

Como todo adolescente da era 2000 Carlo tinha um gosto por computadores, chegando a ser tido como um gênio por muita gente “entendida” da área.

Carlo faz uma diferença enorme quando tratamos do tema santidade porque é um adolescente dos nossos dias e justamente por ser tão próximo a nós nos impulsiona a viver a Santidade e sobre tudo a não perdermos o foco que é sermos todo de Deus.

Que a exemplo de Carlo Acutis possamos com ousadia e coragem sermos também nós exemplos de seguidores de Jesus e em tudo fazermos sua vontade.

Carlo Acutis, Rogai por nós!  

                                                                                           Alexandro Freitas

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pai mostra-nos Jesus e isso nos basta!



Um dos mais intrigantes pedidos feitos a Jesus sem duvida foi o de Felipe que pede que Jesus mostre o Pai cf Jo 14,8 , e a resposta de Jesus é fantástica “a tanto tempo estou com vocês e ainda não me viram, quem me vê, vê o Pai.”

A partir daí se sana a duvida de como é o rosto do Pai, ao menos no que tange a fé, e nasce a certeza de uma união belíssima entre Pai, Filho e Espírito Santo e vamos compreendendo o que implica dizer que somos – imagem e semelhança - de Deus cf Gn 2,27. Aqui vai ficando claro a beleza da humanidade divinizada na Encarnação do Verbo.

Porém a procura do ‘rosto de Deus’ é anterior a Felipe e percorre toda a história da salvação e perdura até nossos dias, Moisés quando conversava com Deus cobria o rosto por não ser digno de contemplar a face de Deus cf Ex 3,6 e essa ‘busca’ vai ganhando uma amplitude sobre tudo quanto a Jesus, não que na estada de Jesus aqui junto a nós não se tinha sanado a duvida porém não temos uma fotografia dele, justamente por não terem caráter histórico puramente biográfico os evangelhos não tem essa preocupação, a iconografia auxiliada por dados inclusive do Sudário de Turim delineou um suposto rosto de Jesus, e hoje é muito fácil associar um rosto masculino, branco, com cabelos e barba longas, com Jesus Cristo.

Me atrevo a dizer que o ápice do entendimento desse rosto de Jesus veio com o Concilio Vaticano II na Galdium Et Spes que vai no numero 22 dizer claramente que Jesus revela o homem ao próprio homem, e isso não é só bonito quanto é teológico e profundo, Jesus é como bem disse João Paulo II no número 67 da Ecclesia in America, “rosto divino do homem e rosto humano de Deus”, e aqui vamos já ganhando espaço para a pergunta por como reconhecer esse rosto?, hoje nos é apresentado um Jesus ‘multiforme’, vai desde um Jesus ‘faz tudo’ até um Jesus ‘ligthe’.Porém o rosto de Jesus vai além de traços pois ele mesmo nos garante que ao olharmos para os mais pequenos e simples estaremos olhando para ele cf Mt 18,6 aqui podemos tranquilamente parafrasear Levinas e dizer que no rosto do outro Jesus se manifesta para mim e seu rosto ganha aqui uma conotação maior que extrapola o físico-estético e nos faz buscar um rosto verdadeiro de Jesus, e quem nos garantira a autenticidade desse rosto será o Pai, exatamente por isso, cabe pedirmos; Pai, mostra-nos Jesus e isso nos basta! Pois, só quando conseguirmos olhar para o outro e nele vermos Jesus daremos um passo firme de fé e a exemplo de Chiara Lubich poderemos dizer que quando temos Jesus em meio nada nos falta. 
 
Peçamos em nossas orações a exemplo de Felipe ao Pai que nos mostre Jesus para assim sermos capazes de caminhar com os olhos fixos nele e sermos homens e mulheres felizes por ver n'ele o Pai e o espirito e assim rumarmos ao seu coração e dali aprender a sermos também nós sermos reflexo de Cristo na vida dos irmãos.
Unidos naquele que primeiro nos amou!
Alexandro Freitas
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

São Benedito


    O nome latino Benedictus, em português corresponde a Bento e Benedito. Bento é empregado para designar os papas e outros santos que levaram esse nome: Benedito é usado para designar o santo negro. Benedito nasceu em 1526 na aldeia de San Fratello (santo irmão), também designada com a forma helenizada de São Filadelfo, situada na província de Messina, na ilha da Silícia. Era filho de pais descendentes de escravos levados para a Sicília. Era o mais velho da família e conseguiu a liberdade da escravidão através do professor siciliano Manasséri. Dos pais recebeu excelente educação religiosa e espiritual, mas parece que nunca aprendeu a ler e nem escrever.
    Desde os 10 anos manifestou uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão. Guardando rebanhos nos montes circunvizinhos à sua cidade natal, entregava-se frequentemente à oração, de forma que os companheiros o chamavam de “o santo mouro” (Mouro, moro em italiano, designava não apenas os africanos do norte, mas também a pessoa de pele escura). As humilhações e gozações dos companheiros por causa da piedade só fizeram aumentá-la. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo e aos pobres.
     Um jovem senhor, Jerônimo Lanza, vendo como o maltratavam por causa de sua piedade, chamou-o para o eremitério em que viviam alguns companheiros e Benedito o seguiu. Tinha então 21 anos. A vida de Benedito tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes e adquiriu fama de operar milagres. Isso fez com que ele e os companheiros, abandonassem os arredores de Messina e fossem para o monte Pellegrino, um rochedo inóspito perto de Palermo, célebre por ter sido a morada de outra santa penitente, Santa Rosália. Após a morte de Jerônimo, os eremitas escolheram Benedito como seu superior. Mas o papa Pio IV, em 1562, proibiu a existência de eremitas na ilha da Sicília. Os que quisessem deviam ingressar nas ordens existentes. Benedito, obediente, ingressou na ordem franciscana, no convento de Santa Maria de Jesus, em Palermo, onde viveu até o fim da vida, com exceção de 3 anos passados no convento de Santa Juliana. Ali em Palermo foi sobretudo o cozinheiro, e sua fama de operador de milagres cresceu. Em 1578 o capítulo geral dos franciscanos o nomeou guardião ou superior do seu convento, cargo que ele aceitou só por imposição de santa obediência. Foi também mestre de noviços. Morreu em 1589. Seu corpo está incorrupto e exposto na igreja do seu convento em Palermo

Palacín, C; Pisaneschi, N. Santo nosso de cada dia, rogai por nós! (Santoral popular), Edições Loyola, São Paulo, 1991, PP. 233-234.

São Benedito é um especial para o povo brasileiro. dia 05 de outubro comemora-se o dia de São Benedito, um dos santos mais queridos e cuja devoção é muito popular no Brasil. Cultuado inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de sua origem - era africano e negro -, passou a ser amado por toda a população como exemplo da humildade e da pobreza. Esse fato também lhe valeu o apelido que tinha em vida, "o Mouro". Tal adjetivo, em italiano, é usado para todas as pessoas de pele escura e não apenas para os procedentes do Oriente. Já entre nós ele é chamado de são Benedito, o Negro, ou apenas "o santo Negro".

     Há tanta identificação com a cristandade brasileira que até sua comemoração tem uma data só nossa. Embora em todo o mundo sua festa seja celebrada em 4 de abril, data de sua morte, no Brasil ela é celebrada, desde 1983, em 5 de outubro, por uma especial deferência canônica concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.
São Benedito morreu aos 65 anos, no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Seu corpo está intacto á mais de 421 anos.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ORTOTANASIA: TESTAMENTO VITAL - Profº Drº Pe. José Rafael Solano Durán

É SÓ CLICAR NA IMAGEM QUE FACILITA A LEITURA 
                    Fonte: Jornal Folha de Londrina edição do dia 17-09-2012 - ESPAÇO ABERTO

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Quem foi Padre Ibiapina?


Confesso que para mim a figura de Pe. Ibiapina é bastante nova, conheci sua breve história através de um pequeno panfleto recebido num congresso que participei, após quis saber mais sobre esse mestre, pai, doutor, deputado federal enfim quis saber quem foi esse homem.

Pe. Ibiapina(1806-1883)  antes do ingresso a vida religiosa formou em direito na primeira turma de advogados do Brasil e foi um brilhante e eloquente advogado, porém não parou ai foi além, lecionou direito canônico, foi juiz de direito, chefe de policia e deputado federal. Reza a lenda que desiludido com tantas mentiras fechou-se no recolhimento e após longa reflexão foi para a vida religiosa sendo ordenado presbítero aos 47 anos .

Como padre não ficou estagnado em uma paróquia sentiu a necessidade de ir para além dos muros de sua paróquia e foi ao encontro dos órfãos, viúvas, doentes, famintos enfim dos necessitados .

Por onde passava deixava um rastro de santidade, fundou no nordeste brasileiro 22 casas de caridade, construiu hospitais, cemitérios, capelas, açudes enfim fez o bem.

O padre acarretado de uma doença ficou paralisado e era carregado por seus filhos numa cama ou uma cadeira mais nunca deixou de pessoalmente distribuir os sacramentos e atender seus filhos necessitados.

Faleceu em 19 de fevereiro de 1883 e inspirou outras personalidades do nordeste entre eles, Padre Cícero Romão Batista, o padim Cícero e Antonio Conselheiro.

Segue um filme contanto um pouco de sua trajetória e a oração a Padre Ibiapina.


ORAÇÃO PELA CANONIZAÇÃO DO SERVO DE DEUS
PADRE IBIAPINA E PARA PEDIR GRAÇA MEDIANTE A SUA INTERCESSÃO

Eterno Pai, vós sois o amor e a misericórdia.
Somente vós conheceis tudo o que se passa em nós. Vinde, pois em meu socorro na necessidade que me aflige.
Neste momento, eu me dirijo a Vós, lembrando a pessoa tão amada do padre Ibiapina. Ele foi devotado sacerdote, incansável missionário e sábio conselheiro da igreja, sobretudo, no serviço dos pobres e necessitados do Nordeste do Brasil. Por isso pela sua intercessão, concedei-me, ó Pai, a graça de que especialmente necessito e agora vos apresento...
E como sinal da santidade evangélica deste Vosso Servo, concedei, ó Pai da eterna glória, ao vosso companheiro de fadigas, o padre Ibiapina, a honra dos altares em vossa Santa Igreja.
Que a Virgem Maria, a quem ele tanto amou, na terra, seja a nossa advogada, no céu!
Agradecidos queremos nos unir ao padre Ibiapina e com ele sempre vos louvar, ó Trindade Santíssima, Pai, Filho e Espírito Santo. 
Amém! 

Um abraço fraterno!








quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Momentos felizes são eternos???


Quem nunca passou por um daqueles momentos lindos onde se mistura emoção, alegria, medo, nervosismo? Isso constrói os tão queridos e saudosos momentos felizes.

A festa de aniversário planejada com meses de antecedência, a formatura depois de uma longa jornada de estudos, o casamento que implica num passo decisivo de dizer “sim” para viver junto a pessoa amada o resto de suas vidas, o nascimento de um filho tudo isso vem com sabor enorme de alegria, de vitória, de conquista.

Porem ao longo do caminho vem também as comemorações solitárias de seu aniversário, salvo uns poucos que te ligam e te saúdam, a viuvez que traduz a solidão de uma casa construída para habitar um casal feliz, os filhos que seguem seu caminho e vem agora somente de visita, e aí onde foi parar o gosto bom da felicidade?

Certamente não é fácil enxergar nessas situações a felicidade, porém é ai que se instaura a nostalgia na sua mais perfeita aplicação do termo, é nessas horas que pesamos os valores, revemos conceitos e mais que isso vemos que temos história e que as escrevemos não em folhas mais com a vida e assinadas com a caneta cuja tinta tem o poder que acalmar , vivemos, realizamos, construímos, contribuímos, trabalhamos e duro porém  o que nos torna feliz de verdade sempre vai ecoar na alma dando o justo grito da certeza de se ter feito a escolha certa. Por isso os momentos felizes são eternos, pois transcende a barreira do seu acontecimento e mesmo tendo passado anos ao trazermos à memória sentimos novamente o gosto bom da felicidade.

Um abraço fraterno.
 


domingo, 19 de agosto de 2012

Quem é Nhá Chica?


Ainda pequena Francisca de Paula de Jesus, que nasceu no Distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes em São João Del Rey -MG chegou em Baependi, MG. Estava acompanhada por sua mãe, uma ex- escrava e por seu irmão Teotônio. Com eles, poucos pertences e uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Em 1818, com apenas 10 anos de idade, a mãe de Nhá Chica faleceu deixando aos cuidados de Deus e da Virgem Maria as duas crianças, Francisca Paula de Jesus e seu irmão, então com 12 anos. Órfãos de mãe, sozinhos no mundo, Francisca Paula e Teotônio, cresceram sob os cuidados e a proteção de Nossa Senhora, que pouco a pouco foi conquistando o coração de Nhá Chica. Esta, a chamava carinhosamente de "Minha Sinhá" que quer dizer: "Minha Senhora", e nada fazia sem primeiro consultá-la.
Nhá Chica soube administrar muito bem e fazer prosperar a herança espiritual que recebera da mãe. Nunca se casou. Rejeitou com liberdade a todas as propostas de casamento que lhes apareceram. Foi toda do Senhor. Se dava bem com os pobres, ricos e com os mais necessitados. Atendia a todos os que a procuravam, sem discriminar ninguém e, para todos tinha uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração. Ainda muito jovem, era procurada para dar conselhos, fazer orações e dar sugestões para pessoas que lidavam com negócio. Muitos, não tomavam decisões sem primeiro consultá-la, e para tantas pessoas, ela era considerada uma "santa", todavia em resposta para quem quis saber quem ela, realmente, era, respondeu com tranquilidade: "... É porque eu rezo com fé".
Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a visitar Baependi para conhecê-la, conversar com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações. A todos, atendia com a mesma paciência e dedicação, mas nas sextas feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as próprias roupas e se dedicava mais à oração e à penitência. Isso porque sexta-feira é o dia que se recorda a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos nós. Às Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha uma particular veneração à Virgem da Conceição, com a qual tratava familiarmente como a uma amiga.
Nhá Chica era analfabeta, pois não aprendeu a ler nem escrever, desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem de Nossa Senhora da Conceição que era de sua mãe e, diante da qual, rezava piedosamente para todos aqueles que a ela se recomendavam. Essa Imagem, ainda hoje, se encontra na sala da casinha onde ela viveu, sobre o Altar da antiga Capela.
Em 1954, a Igreja de Nhá Chica foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor. Desde então teve início bem ao lado da Igreja, uma obra de assistência social para crianças necessitadas que vem sendo mantida por benfeitores devotos de Nhá Chica. Hoje a "Associação Beneficente Nhá Chica" (ABNC) acolhe mais de 160 crianças entre meninas e meninos.

Ao longo dos anos, a "Igrejinha de Nhá Chica", depois de ter passado por algumas reformas, é hoje o "Santuário Nossa Senhora da Conceição" que acolhe Peregrinos de todo o Brasil e de diversas partes do mundo. Muitos fiéis que visitam o lugar, pedem graças e oram com fé. Tantos voltam para agradecer e registram suas graças recebidas. Atualmente, no "Registro de graças do Santuário", podem-se ler aproximadamente 20.000 graças alcançadas por intermédio de Nhá Chica.
A Venerável morreu no dia 14 de junho de 1895, estando com 87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída. As pessoas que ali estiveram sentiram exalar-se de seu corpo um misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório. Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiásticas e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e, também, pelos pedreiros, por ocasião da exumação do seu corpo. Os restos Mortais da Venerável se encontram hoje no mesmo lugar, no interior doSantuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por uma Urna de acrílico colocada no interior de uma outra de granito, onde são venerados pelos fiéis.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Homens de Conteúdo




Conhecê-los foi uma honra. Não havia como não admira-los, um por um foram dizendo, um por um foram vivendo, um por um foram morrendo e, graças a Deus, enquanto escrevo estas linhas, dois ou três deles ainda estão conosco.
Homens de conteúdo, seu sacerdócio iluminava milhões e poucos deles iam à grande mídia. E iam apenas ocasionalmente. Não precisaram associar-se a grandes mídias para marcar o Brasil do modo como marcaram. O pouco que disseram, quando a mídia laica os procurou e o muito que fizeram quando a mídia não registrou, deu o tom ao seu sacerdócio.
Não se expuseram demais aos holofotes do mundo, mas também não fugiram deles quando os holofotes o miraram. Continuaram fazendo o que fizeram, dizendo o que disseram e atuando como atuaram, Helder Câmara, Paulo Arns, Pedro Casaldáliga, Aluísio Lorscheider, Ivo Lorscheiter, Antônio Fragoso, Luciano Mendes de Almeida, Adriano Hipólito… só para citar alguns.
Fizeram a diferença, falaram quando tinham que falar, calaram-se quando foi hora de calar. Suas palavras calaram fundo no meio dos pobres, no meio da luta política, diante do governo, diante dos sediciosos. Falaram para a esquerda, para a direita, para o centro e pediam diálogo e moderação. Quando tinham que denunciar, denunciavam, quando era hora de elogiar, elogiavam. Souberam discordar e concordar e sabiam que eram porta-vozes dos clamores do povo que perfazia 87% da população.
Quando foi preciso fazer política, fizeram política. Mas o tempo todo estavam fazendo religião e igreja e sabiam que representavam o povo e até irmãos de outras igrejas que também sofriam. Mal compreendidos, caluniados, deturpados, alguns deles sofreram amordaçados no silêncio, mas ninguém os calou. De Dom Helder a imprensa não falava, mas sua voz ecoava lá fora e aqui dentro. De um jeito ou de outro, tenho para mim que se a violência no Brasil foi menor do que em outros países foi porque eles falaram e tentaram ser voz de bom senso no meio de grupos que queriam o poder e lutaram com fúria destruidora, uns para conservarem e outros para conquistarem,
Aqueles homens sabiam que o povo não seria beneficiado nem por um lado nem pelo outro. Lutaram pela democracia representativa, pelo direito ao voto. Ditadura? Nem de esquerda nem de direita! Se o Brasil estava mudando, que mudasse para a democracia.
Foi bom conhecê-los. Seu jeito de orar e de falar, de abrir a boca em defesa do povo, de guardar silêncio quando foi preciso deixou vasta catequese libertadora. Os que se foram certamente estão orando pela igreja e pelo Brasil. Alguns talvez sejam beatificados. Homens de conteúdo, eles fizeram a diferença quando o Brasil precisou de padres e de bispos da sua estatura. Não sofreram e vão. Muito do Brasil de agora, livre para falar, se deve também a eles e a outros como eles. Católicos, honramo-nos de pertencer à Igreja da qual eles foram líderes, bispos, homens de conteúdo.







quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cada sacristia uma Liturgia! Será?



Uma das frases mais lamentáveis a cerca da liturgia que já ouvi é justamente a que intitula esse texto. O mais triste é que ela não é apenas uma frase e sim uma pratica constante, principalmente aqui no Brasil. Os reflexos dessa “pratica” podem ser facilmente notados quando se reduz o termo liturgia apenas para a Santa Missa e o mais desesperador é perceber que mesmo assim o serviço litúrgico paroquial se resume em preparar pequenas frases para anteceder a procissão de entrada, as leituras, o ofertório, a distribuição da santa eucaristia  e preparar as preces, salvo as “criativas” equipes que conseguem pensar uma “dancinha” para cada momento desse com o pretexto de dinamizar a Missa. 
Mais lamentável ainda é por vezes vermos presbíteros incentivando essas praticas que em nada ajudam os fieis a entenderem o mistério celebrado na Santa Missa, enquanto se a postura fosse outra não seria necessário “criar” dancinhas, entradas, encenações e coisas do tipo para deixar a missa mais “dinâmica”. “O homem sozinho não consegue mesmo ‘criar’ um culto fácil porque, sem Deus se revelar fica sempre insignificante”[1]e mais é preciso adentrar no próprio espírito da Liturgia pois quando se entende o que se celebra ouve-se Deus que fala e age na Igreja e pela Igreja e ai não sentiremos necessidade de ‘criar’, uma vez que dentro do ‘jogo’ que é a liturgia as cartas ou se quisermos as regras são dadas por Deus. A liturgia “não pode ser fruto da nossa fantasia e criatividade – pois assim seria apenas um grito na escuridão ou simplesmente a afirmação de nós próprios”.[2]
Não se trata agora de engessarmos os ritos litúrgicos todos e assim causarmos desconforto tanto para quem preside quanto para os que celebram, porém faz bem e é sadio formar e formar bem os agentes que se dispõem para se dedicarem ao serviço litúrgico. Estamos num tempo favorável para provocarmos uma retomada ou para alguns um primeiro contato com os documentos acerca da liturgia principalmente a Sacrosanctum Cocilium e os que nasceram a partir dele como o documento 43 da CNBB – Animação da Vida Litúrgica no Brasil – e os documentos sobre o canto pastoral, os específicos da Santa Missa enfim é momento de falar de Liturgia e de levar a todos a um encontro com esse rico tesouro que é a Liturgia na vida da Igreja.
Os padres conciliares foram muito felizes quando definiram a liturgia como “o cume para qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo a fonte de onde promana toda sua força”[3], mas antes deixaram claro que ela não é a única atividade da Igreja e alertam que “antes de ter acesso à liturgia é preciso ser conduzido a fé e se converter”[4], ou seja, nosso  trabalho é anterior devemos primeiro conduzir o povo para a solidez de sua fé, por isso reafirmo a importância de se formar, porém o que mais assusta não é que faltam os dispostos a entrarem no processo e sim quem se prontifique a orientá-los, a figura de quem está a frente da liturgia os chamados, “liturgistas”[5] são sempre amados por poucos e odiados por muitos, pois acabam por implantar ideias próprias ou com até certo tom de verdade mas não são capazes de ir mais fundo e de levar os agentes a compreensão de que a liturgia é primeiramente uma ação divina, que deve aproximar o povo da Palavra de Deus e deve ainda proclamar o designo salvador de Deus, isso quando não ficam parados em questões banais como o famoso “pode ou não pode”, distanciando-se do real espírito da liturgia que não pode separar-se da vida pois em Deus “vivemos,nos movemos e existimos” (At 17,28), se assim não for estaremos fazendo da liturgia como nos alerta o então, Cardeal Ratzinger, “uma mera brincadeira, ou pior, o abandono do Deus verdadeiro, disfarçado embaixo de um tampo Sacro” por isso encontramos tantas pessoas vazias, pois não encontram na celebração da Liturgia da Santa Missa, dos Sacramentos enfim um lugar privilegiado de estar com o Senhor, de conhecê-lo e também para Deus mostrar quem Ele é, pois por vezes não damos espaço para isso.
Não podemos compactuar com “cada sacristia uma liturgia” justamente porque uma coisa é inculturação e outra bem diferente é depreciação do sagrado, falta de zelo e de amor. Reafirmo, não precisamos nos tornar robôs, profissionais repetidores do rito litúrgico, mais sim Homens e Mulheres que celebram com o coração, com a vida e mais que isso, sabem o que estão celebrando e assim poder dizer sem medo que quem realiza todas as coisas em nós: é o Senhor (Jo 21,7) .  

Um abraço Fraterno!





Referencias bibliográficas:

RATZINGER,Joseph -  Introdução ao espírito da Liturgia – 4° Ed. Paulinas, São Paulo 2011.
CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM SOBRE A SAGRADA LITURGIA – Vaticano II – Paulinas São Paulo 2007.



[1] Ratzinger p.15
[2] Idem
[3] Sacrosanctum Concilium n.10.
[4] Idem n.9
[5] O termo aqui não está se referindo aos liturgistas por formação e fazem jus ao titulo e sim os simpatizantes e presbíteros que se destacaram nessa área e por isso se dispõem a formar e são assim chamados pelo povo. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

O INCENSO



O incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca (nos meses de fevereiro e março) são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. A primeira exudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca.

  
Na Antiguidade
Era uso antigo espalhar resina e ervas aromáticas sobre carvões acesos para purificar o ar e afastar o perigo de infecções.
Num primeiro momento, a fumaça tinha um valor catártico (de purificação, de relaxamento) e também apotropaico (o de afastar ou destruir as influências maléficas provenientes de pessoas, coisas, animais, acontecimentos).
O uso desta resina perfumada não era exclusivo do culto religioso. O incenso não era queimado somente nos templos, mas também nas casas; as incensações exalavam perfume e, ao mesmo tempo, tinham um fim higiênico.
O incenso foi sempre considerado como algo muito precioso. Era utilizado em todas as cerimônias e funções propiciatórias, porém, era sobretudo queimado diante de imagens divinas nos ritos religiosos de muitos povos e, ao se sublimarem as concepções religiosas, as espirais de incenso, em quase todos os cultos, converteram-se em símbolo da oração do homem que sobe até Deus.
No culto aos mortos, a fumaça que subia para o alto, era considerada como uma forma de atingir o além e, ao mesmo tempo servia para afastar o odor proveniente da decomposição, uma necessidade premente nos países de clima mais quente. O incenso era também utilizado como expressão de honra para os imperadores, o rei e as pessoas notáveis.

Nas Sagradas Escrituras
Conta-se na Bíblia que a Rainha de Sabá chegou a visitar Jerusalém e o Rei Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade extraordinária do mais precioso incenso que, naquela época, era vendido num centro de comércio muito importante. De fato, ao longo da história do incenso prosperam povos e reinos míticos, como se lê na Bíblia, no Alcorão e no Livro etíope dos reis.
O incenso fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex 30,34) e se transformou em símbolo de adoração. Em linhas gerais é símbolo de culto prestado a Deus e de adoração: Ouçam-me, filhos santos... Como incenso exalem bom odor Si 39,14). A oferenda do incenso e a oração são intercambiáveis, ambos são sacrifícios apresentados a Deus, como diz o salmo 141, que proclama: Suba até vós minha oração, como o perfume do incenso. E é com estas palavras que, na Igreja Oriental, o celebrante ora durante as Vésperas e Laudes matutinas dos dias de festa espalhando em torno de si o perfume do incenso.
Com a oferta do incenso os magos do Oriente adoraram o menino Jesus como o recém-nascido Salvador do Mundo (Mt 2,11).
No último livro do Antigo Testamento, o Apocalipse, João vê vinte e quatro anciãos que estavam diante do Cordeiro de Deus, com harpas e taças de ouro cheias de incenso: São as orações dos santos (Ap 8,3-4).

Entre os Cristãos
Os cristãos não utilizaram o incenso na liturgia desde o início porque queriam se distinguir, o mais claramente possível, do paganismo. Extinto o paganismo, o rito do incenso encontrou logo seu lugar na liturgia cristã.
A partir do Século IV, a tradição cristã adotou o incenso em seus rituais de consagração e ainda hoje o queima para honrar o altar, as relíquias, os objetos sagrados, os sacerdotes e os próprios fiéis, e para propiciar a subida ao céu das almas dos falecidos no momento das Exéquias.
Primeiramente foram colocados turíbulos na igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e em seguida também nas grandes basílicas do Ocidente, junto aos altares e diante dos túmulos dos mártires.
Graças à benção propiciada pelo incenso antes de seu uso, ele chega a ser um sacramental (sinal sagrado, que possui certa semelhança com os sacramentos e do qual se obtém efeitos espirituais).
Desde o século IX, instaurou-se o uso do incenso no início da Missa e desde o século XI o altar se transformou no centro da incensação. O turíbulo era também levado na procissão junto com o evangeliário. Em seguida, a incensação estendeu-se às oferendas do pão e do vinho, que são incensadas três vezes em forma de cruz, da mesma maneira como se procede com o altar e a comunidade litúrgica. Desta forma, nasceu a tríplice incensação durante a Missa, praticada também hoje de maneira regular no Oriente e, entre nós, somente nas festas solenes.

O incenso deve envolver toda uma atmosfera sagrada de oração que, como uma nuvem perfumada, sobe até Deus. O agitar do turíbulo em forma de cruz recorda principalmente a morte de Cristo e seu movimento em forma de círculo revela a intenção de envolver os dons sagrados e de consagra-los a Deus.
O incenso é muito utilizado na liturgia fúnebre. Os falecidos permanecem como membros da Igreja, já santificados pelos sacramentos. Portanto, seu corpo morto é honrado com o incenso, como as santas mulheres, na manhã de Páscoa, queriam honrar o corpo de Jesus, ungindo-o com óleos preciosos.
Na reforma litúrgica, depois do Concílio, em muitos lugares renunciou-se ao símbolo tradicional do incenso, da mesma forma como ocorreu com outros símbolos mais antigos.
Na consagração solene de um altar, depois da unção da mesa, queimam-se incenso e outros aromas sobre os cinco pontos do altar. O bispo interpreta esse gesto com as palavras: “Suba até vós, Senhor, o incenso de nossa oração; e como o perfume se espalha por este templo, assim possa tua Igreja expandir para o mundo o suave perfume de Cristo."


Nos diversos povos
No templo, juntos aos ídolos, os romanos, bem como os gregos, tinham um altar para o incenso (foculus), em sinal de homenagem e adoração. No culto ao imperador, a incensação possuía valor de reconhecimento da religião e do estado do imperador enquanto deus.
Entre os etruscos, o sumo sacerdote, o único que podia conhecer os sinais dos acontecimentos, anunciava com um toque de trombeta o final de um período e pronunciava o novo tempo queimando o incenso sagrado em braseiros preciosamente decorados.
Na Grécia se incensava a vítima do sacrifício para torna-la mais aceitável à divindade. O incenso era deixado a arder perenemente em braseiros como oferenda aos deuses, protetores da família, e aos antepassados e também era queimado nas casas dos enfermos, com fins terapêuticos. Hipócrates, o famoso médico grego (600 ac), o utilizava para curar a asma e para aliviar as dores do parto.
Em Israel o incenso era de grande importância no culto divino. Com incenso, misturado a outras substâncias odoríferas, o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no Santo dos Santos, ou seja, no espaço mais sagrado e reservado do templo.
No Egito o uso do incenso remonta há uns quinze séculos antes de Cristo. Os egípcios utilizavam este perfume dos deusescomo o chamavam, para os rituais do templo, convencidos de que o incenso podia fazer chegar à divindade os desejos dos homens. Também o definiam como o “suor dos deuses que cai sobre a terra”.
Na Índia é queimado durante as meditações de yoga, a fim de facilitar o encontro com a divindade; perfuma os fornos crematórios, como rito de passagem da vida terrena à ultraterrena e, além disso, era também utilizado contra reumatismos e enfermidades nervosas.
Na África o incenso é ainda hoje utilizado para acalmar as dores de estômago, para melhorar o funcionamento do fígado e circulação do sangue.
Na Europa, em alguns povoados da Áustria e da Suíça, é queimado nas casas no período compreendido entre o Natal e a Epifania para garantir a boa saúde de todos que ali moram. É considerado de bom agouro queimar incenso durante banquetes de casamento e também em bodas de prata, de ouro e de diamante.
Na América central os maias associavam esta resina à lua, símbolo feminino portador de vida, como o sangue, a linfa, a chuva; também queimavam incenso para exorcizar a seca.

Relaxa, embriaga, purifica
Pesquisas científicas têm demonstrado que, ao ser queimado o incenso desprende tetraidrocanabinol (THL), substância com notável poder desinfetante, porém também inebriante e anestésica, capaz, por exemplo, de atenuar dor de cabeça e de dente. O fenol exalado pela fumaça do incenso de fato atua no córtex cerebral (sede da consciência e da elaboração de informações) e sobre o sistema neurovegetativo (que controla a respiração, o ritmo cardíaco, as funções digestivas e intestinais). Foi comprovado que o THL estimula a serotonina (substância produzida pelo cérebro, pertencente ao grupo biológico das aminas). Doses básicas, como por exemplo, as equivalentes as exalações de incenso durante uma cerimônia religiosa, aumentam o nível de serotonina que, por sua vez, atenua os impulsos nervosos e baixa a frequência das ondas cerebrais, criando um estado psicofísico que facilita a capacidade de concentração. A serotonina é também dotada de ação anti-hemorrágica, sendo protetora dos capilares. Supõe-se que o incenso, com seu poder inebriante, é capaz de ajudar na concentração, despertando a vontade psíquica, levando paz ao coração, aplacando as tensões, predispondo à meditação e acendendo nos ânimos aquele fervor que permite entrar em contato com a divindade. Também estimula favoravelmente o olfato do homem, exalta o caráter solene de uma celebração e, finalmente, desinfeta e purifica os ambientes.


Fonte:
 Centro Rússia Ecumênica
Caderno Monástico, 132 (2000) 53-59
Tradução: por uma Oblata do Mosteiro da Transfiguração – Santa Rosa - RS e publicado originalmente em: http://www.transfiguracao.com.br/artigos/index.html

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A FESTA DE CORPUS CHRISTI


            No dia 07 de junho, quinta-feira, a Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi. Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”. A festa tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.

Origem da Celebração

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Pedro Luvizotto 
Blog: http://pequenogigante.blogspot.com.br

terça-feira, 29 de maio de 2012

MOMENTO KERIGMA 

O  Segundo vídeo do Momento Kerigma especialmente para vocês amigos e leitores do nosso blog. desculpem o áudio estamos trabalhando para melhorar. Deus os abençoe.

















terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa Rita de Cássia

HOJE É DIA DE 
SANTA RITA DE CÁSSIA

PEÇAMOS A ELA QUE ROGUE AO PAI POR NÓS.




Filme que conta a vida de Santa Rita 





Oração a Santa Rita


Ó Santa Rita, 
Filha obediente, 
esposa amável de um homem difícil, 
mãe paciente de filhos rebeldes, 
irmã bondosa e compreensiva das religiosas do convento
noiva maravilhosa e sofredora do nosso amado Senhor, 
modelo de vida para todas as famílias, 
vós que conheceis a humanidade e seu sofrimento, 
vós que sabeis também da angústia do meu coração e do pedido que venho depositar aos vossos pés...
(pausa).....
confiança sem limite na vossa intercessão me leva a vós. 
Inúmeras pessoas ajudastes, 
em casos desesperados e quase impossíveis, 
sendo vós um refúgio seguro para todos os que rezam com fé. 
Não esqueçais meu fervoroso pedido, 
vós que, como ninguém, 
conhecestes o que é sofrer 
e também tivestes o privilégio de levar na fronte um espinho da coroa de Cristo. 
Ajudai-me a carregar minha cruz 
e seguir com coragem o meu caminho, 
para que ele me leve a Cristo, 
na glória de Deus. 
Amém. 
Sede minha protetora, 
Rita bem-aventurada.