Somos tentados a pensar que
nosso sofrimento é o maior do mundo e que somos os maiores sofredores da face
da terra e parece que tem momentos em que dá-se a impressão de que Deus esqueceu
de nós. Todos nós em algum momento da vida já pensamos assim. Porém, como diz a
velha canção “olha nós aqui outra vez”.
Já enfrentamos muitas dificuldades durante a vida e quando olhamos para trás
vemos que elas não nos derrubaram, mas do contrario nos tornaram mais fortes. É
como a mão do trabalhador que usa enxada, após calejar não dói tanto, é preciso,
portanto passar pelo sofrimento sem se perder dentro dele.
Para nós que professamos a
fé em Cristo Jesus o sofrimento não pode ser enfrentado como castigo ou algo do
tipo e nem como prêmio, não é o desejo de Deus o sofrimento, as mais diversas
situações do próprio viver acarretam situações desastrosas e que num primeiro
momento nos faz “tremer na base”, porém embasados na fé que professamos com a
boca devemos traduzi-la em atos e não desistir é preciso tomar novo vigor e dar
sequencia a caminhada da nossa vida.
O que de fato faz a
diferença é o que aprendemos com o sofrimento, uma vez ouvi um artista dizer
algo que me tocou muito, ele disse “a felicidade bestializa, só o sofrimento
humaniza”, de fato só tocamos nossa humanidade no seu âmago quando passamos por
situações onde entendemos que só com nossas forças não vamos dar conta do
recado, ai com o espírito renovado, cheios de fé passamos pela dor e ganhamos
força para perceber que não somos os únicos a sofrer e embora nosso sofrimento
seja só nosso não podemos sozinho vencê-los, é preciso confiar em Deus,
depositar nele nossa esperança e fazer a nossa parte, porque o próprio Senhor
nos garantiu que sem Ele nada podemos fazer. (cf Jo 15,5)
Unidos na fé! E uma boa
semana.
Alexandro Freitas
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