Momento Kerigma Tema: Alegria em Deus e nesse vídeo e toco violão....diga-se de passagem bem mal....o que vale é vc se deixar tocar por essa mensagem. Boa Semana.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Momento Kerigma Tema: Alegria em Deus
Momento Kerigma Tema: Alegria em Deus e nesse vídeo e toco violão....diga-se de passagem bem mal....o que vale é vc se deixar tocar por essa mensagem. Boa Semana.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Já que Deus perdoa sempre, eu posso pecar muito?
Em
sua primeira oração do Ângelus o papa Francisco deixou claro que “Deus nunca se
cansa de nos perdoar, nós é que, por vezes, nos cansamos de pedir seu perdão” e
isso não é só bonito quanto é profundo, é evidente que em Deus não há miséria e
seu amor pelo ser humano é imenso, porém ele perdoa quem quer ser perdoado e
mais que isso faz o propósito de não mais errar.
Não
implica, contudo dizer que uma vez perdoado não se pecará mais, implica dizer
que o propósito de mudança e o esforço por não mais cometer aquele ato deve ser
máximo. É evidente que o inimigo de Deus não facilitará nosso propósito de
mudança, e vai nos importunar o que, porém nos ajudará a nos esquivarmos de
suas ciladas é a oração. Só a oração é capaz de nos manter fora das ocasiões de
pecado, de nada vale dizer da boca pra fora que se quer mudar mais forçar
ocasiões de pecado e depois dizer que foi tentado.
É
o indiferentismo ‘Já que Deus perdoa eu vou mais é pecar’, triste saber que
muitos pensam assim e pior agem assim, não deve ser essa nossa postura!
O
fato é que Deus perdoa sempre! E nós por vezes nos cansamos de pedir perdão sim
e mais triste que isso é que por muitas vezes nos afastamos dele e é evidente
que quando estamos longe da fonte não bebemos água limpa.
Caro
amigo e leitor aproximemo-nos de Deus, busquemos seu amor, imploremos seu
perdão e peçamos a ele a graça de não nos afastarmos dele para assim sermos
fortes e evitar as situações de pecado.
Um
forte Abraço
Alexandro
Freitas
terça-feira, 28 de maio de 2013
Lançamento do primeiro Dicionário da Religiosidade Popular
O Frei Francisco van der Poel conhecido como Frei Chico está lançando o primeiro dicionário da Religiosidade Popular, depois de 40 anos de pesquisa ele nos dá de presente essa obra com 8.500 verbetes, 6.000 notas de rodapé e 350 ilustrações em 1.150 páginas é um verdadeiro tesouro para nos ajudar a pensar a fé.
Amigos e leitores do Kerigma, eu particularmente estou ansioso para conhecer esse trabalho e te convido a também conhecer. Frei Chico tem um blog que colocarei o endereço no final desse post.
A Religiosidade Popular é um campo vasto e tem muito a nos oferecer é preciso cultivar as belezas da fé que herdamos porém como já nos orienta Pedro "dar razão da própria fé" cf (1Pd 3,15).
Assim vamos dando passos significativos rumo ao Reino definitivo.
Se puder conheça Frei Chico e seu trabalho.
Unidos naquele que primeiro nos amou!
Alexandro Freitas
Veja as condições e mais informações sobre a obra do Frei Chico em
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Pentecostes não pode terminar!
Vivemos a poucos dias a alegria do pentecostes, festa do amor e da unidade. O pentecostes acontece 50 dias após a páscoa para nos mostrar a passagem do antigo para o novo testamento, pois se essa festa é dos dons e da lei vinda por Moiśes da montanha, agora vem do alto a nova lei e o novo dom que é o prometido por Jesus.
O espetáculo, usado o termo aqui no seu sentido mais profundo e não superficial, não é o fato da fala de línguas e sim do fato de todos se entenderem o que para nós deve saltar os olhos e a leitura deve ser mais refinada é que a língua do espírito santo é o Amor e quando todos falam essa língua não existe confusão, no amor todos se entendem e essa linguagem é universal e toca no mais intimo de todo ser humano.
Exatamente por isso Pentecostes não pode ser celebrado uma vez por ano, mais deve ser estendido e vivenciado cotidianamente, só quando nos comprometermos com a pedagogia do amor e a executarmos alcançaremos o entendimento entre todos.
Uma ótima semana, Unidos naquele que primeiro nos amou!
Alexandro Freitas
terça-feira, 7 de maio de 2013
Sofrer sem perder a ternura.
Estamos vivendo um rico momento da Igreja, Ano da fé, início do pontificado do papa Francisco, Jornada Mundial da Juventude enfim é sem dúvida uma rica oportunidade de fazermos um encontro pessoal com o Senhor.
Algo que muito entristece é perceber que muitos católicos não se deram conta dessa riqueza e continua no ritmo devagar 'quase parando' impregnada por um indiferentismo.
Deus na sua infinita bondade nos dá uma vez mais a oportunidade de voltarmos o espelho para dentro de nós mesmos e vermos o que reflete, devido a correria do dia-a-dia poucos olham no espelho e quando o fazem é apenas para reparar o superficial, alguns não são capazes nem de dizer se seu espelho tem moldura ou não, ou ainda nem sabem o porque estão vestindo essa roupa e não outra, enfim não param para ver seu reflexo e refletir.
Engraçado percebermos que refletir significa olhar para dentro, ou ainda, dar atenção ao que comumente não vemos, essa claro não é tarefa fácil, custa e é exigente.
Para alguns tocar em algumas feridas dói e até sangra, mas isso porque de verdade ainda não foi cicatrizada, é evidente que ao sair de um combate haverá sempre marcas o segredo é saber como será visto essas marcas, sinal de luta ou marcas de vitória, experiência enfim marcas da vida.
Sofrer sem nunca perder a ternura é o segredo e só consegue isso quem reflete isso porque quem o faz se conhece, sabe quem se é e por isso não é um estranho dentro em si.
Meus queridos amigos e leitores do Kerigma, vamos nos esforçar para olharmos para dentro de nós e de lá tirarmos toda a beleza escondida e as forças desconhecidas para termos a ternura necessária para resplandecermos Cristo em nós.
Um forte abraço!
Unidos naquele que primeiro nos amou.
Alexandro Freitas.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Nhá Chica "Mãe dos Pobres"
Por onde a Beata Nhá Chica ia, carregava um oratório com a imagem da Virgem Maria, e um terço pendia-lhe de uma das mãos. Seus olhos só olhavam Maria! Sua boca santificada falava em secreto com Nossa Senhora, diariamente! E, um dia, no ano de 1865, mobilizada pela fé e pela clarividência, ouviu a Mãe de Deus pedir-lhe uma igreja: "Nhanhá, sou eu, sua Sinhá Maria! Quero que você construa uma capela para mim aqui no alto do Cavaco!" E a Beata Nhá Chica a devotou o resto de sua vida a edificar essa capela, a qual as irmãs franciscanas, com a aprovação da Diocese da Campanha, reformaram e aumentaram. Além disso, a Beata Nhá Chica curava adultos e crianças doentes do corpo, por meio de suas orações fervorosas. As pessoas achavam que Deus ouvia mais as orações da Beata Nhá Chica, e, ao invés de fazerem suas próprias orações para si mesmas, iam até ela e falavam: "Nhanhá, pede para Maria me curar disso ou daquilo..." E as pessoas, então, ficavam curadas. Já em vida, portanto, a Beata Nhá Chica era, em Baependi, a intercessora das pessoas pobres, e este costume foi passando de uma geração para a outra, chegando aos nossos dias. O povo crê na intercessão da Beata Nhá Chica porque ela alimentava os famintos, ajudava as crianças sem lar e aliviava, com suas preces, os aflitos. São muitos os seus milagres: Um dia, em Caxambu, orou para o trem não saiu do lugar, e ele não saiu; achava objetos perdidos; fechava os olhos e Maria Imaculada lhe mostrava o futuro; ficava suspensa do chão quando orava a "Salve Rainha"; emanou perfume de rosas ao morrer, e, morta, operou milagres: um deles o do grão de arroz (a mulher que saiu de São Lourenço e foi a pé a Baependi fazer um pedido a Nhá Chica, e alcançou a graça). Nossa Senhora pedia-lhe coisas: igreja, órgão e missas, chamando: "Nhanhá, minha filha, sou eu, sua Sinhá Maria"! E, levantada, tornou-se o modelo de fé, de caridade e de devoção a Igreja Católica. Era tão apegada a Maria, que, hoje, o povo pede-lhe graças, e Deus, lá do Trono Celeste, atende a todos com chuvas de bençãos do Céu. Fez-se assim poderosa a intercessão da Beata Nhá Chica. Portanto, cada vez mais o povo crê,com fé, nos santos favores celestiais da piedosa e bem-aventurada Nhá Chica, para curar, benzer e alcançar todo tipo de graça, principalmente aquelas que as pessoas estão precisando num momento difícil.
Beata Nhá Chica, mãe dos pobres, rogai por nós!
Sua beatificação será no próximo sábado dia 04 de Maio.
Fonte:http://www.oguata.com/nha-chica/biografia-de-nha-chica.htm
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Catequese do papa Francisco em 17-04-13 (texto na íntegra )
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
No Credo, encontramos a afirmação de que Jesus “subiu aos céus e está sentado à direita do Pai”. A vida terrena de Jesus culmina no evento da Ascensão, quando, isso é, Ele passa deste mundo ao Pai e é elevado à sua direita. Qual é o significado deste acontecimento? Quais são as consequências para a nossa vida? O que significa contemplar Jesus sentado à direita do Pai? Sobre isto, deixemo-nos guiar pelo evangelista Lucas.
Partamos do momento no qual Jesus decide embarcar em sua última peregrinação a Jerusalém. São Lucas anota: “Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, ele resolveu dirigir-se a Jerusalém” (Lc 9, 51). Enquanto “ascende” à Cidade santa, onde se cumprirá o seu “êxodo” desta vida, Jesus vê já a meta, o Céu, mas sabe bem que o caminho que o leva de volta à glória do Pai passa pela Cruz, pela obediência ao desígnio divino de amor pela humanidade. O Catecismo da Igreja Católica afirma que “a elevação sobre a cruz significa e anuncia a elevação da ascensão ao céu” (n. 661). Também nós devemos ter claro, na nossa vida cristã, que o entrar na glória de Deus exige a fidelidade cotidiana à sua vontade, mesmo quando requer sacrifício, requer às vezes mudar os nossos programas. A Ascensão de Jesus acontece concretamente no Monte das Oliveiras, próximo ao lugar onde havia se retirado em oração antes da paixão para permanecer em profunda união com o Pai: mais uma vez vemos que a oração nos dá a graça de viver fiéis ao projeto de Deus.
Ao final do seu Evangelho, São Lucas narra o evento da Ascensão de modo muito sintético. Jesus conduz os discípulos “para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu. Depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo. E permaneciam no templo, louvando e bendizendo a Deus” (24, 50-53); assim diz São Lucas. Gostaria de salientar dois elementos da história. Antes de tudo, durante a Ascensão Jesus cumpre o gesto sacerdotal da benção e seguramente os discípulos exprimem a sua fé com a prostração, ajoelham-se inclinando a cabeça. Este é um primeiro ponto importante: Jesus é o único e eterno Sacerdote que com a sua paixão atravessou a morte e o sepulcro e ressuscitou e ascendeu ao Céu; está junto de Deus Pai, onde intercede para sempre a nosso favor (cfr Eb 9,24). Como afirma São João na sua Primeira Carta, Ele é o nosso advogado: que belo ouvir isto! Quando alguém é chamado por um juiz ou pelo tribunal, a primeira coisa que faz é procurar um advogado para que o defenda. Nós temos um, que nos defende sempre, defende-nos das ciladas do diabo, defende-nos de nós mesmos, de nossos pecados! Caríssimos irmãos e irmãs, temos este advogado: não tenhamos medo de ir até Ele e pedir perdão, pedir a benção, pedir misericórdia! Ele nos perdoa sempre, é o nosso advogado: defende-nos sempre! Não se esqueçam disso! A Ascensão de Jesus ao Céu nos faz conhecer então esta realidade tão reconfortante para o nosso caminho: em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a nossa humanidade foi levada junto a Deus; Ele nos abriu a passagem; Ele é como uma corda quando se escala uma montanha, que chegou ao topo e nos atrai para si conduzindo-nos a Deus. Se confiamos a Ele a nossa vida, se nos deixamos guiar por Ele, estamos certos de estar em mãos seguras, nas mãos do nosso salvador, do nosso advogado.
Um segundo elemento: São Lucas refere que os Apóstolos, depois de terem visto Jesus subir ao céu, retornaram a Jerusalém “com grande alegria”. Isto nos parece um pouco estranho. Em geral, quando estamos separados dos nossos familiares, dos nossos amigos, para uma partida definitiva e sobretudo por causa da morte, há em nós uma tristeza natural, porque não veremos mais a face deles, não escutaremos mais a sua voz, não poderemos mais desfrutar do afeto deles, da presença deles. Em vez disso, o evangelista destaca a profunda alegria dos Apóstolos. Mas como? Propriamente porque, com o olhar da fé, esses compreendem que, embora removido de seus olhos, Jesus permanece para sempre com eles, não os abandona e, na glória do Pai, sustenta-lhes, guia-lhes e intercede por eles.
São Lucas narra o fato da Ascensão também no início dos Atos dos Apóstolos, para destacar que este acontecimento é como o anel que envolve e conecta a vida terrena de Jesus àquela da Igreja. Aqui São Lucas também menciona a nuvem que levou Jesus para fora da vista dos discípulos, os quais permanecem a contemplar o Cristo que ascende para Deus (cfr At 1,9-10). Intervêm então dois homens em vestes brancas que os convidam a não permanecer imóveis a olhar para o céu, mas a nutrir a vida deles e o testemunho deles com a certeza de que Jesus voltará do mesmo modo com o qual o viram subir ao céu (cfr At 1,10-11). É propriamente o convite para partir da contemplação do Senhorio de Cristo, para ter Dele a força de levar e testemunhar o Evangelho na vida de cada dia: contemplar e agir, reza e trabalha, ensina São Benedito, são ambos necessários na nossa vida de cristãos.
Queridos irmãos e irmãs, a Ascensão não indica a ausência de Jesus, mas nos diz que Ele está vivo em meio a nós de modo novo; não está mais em um lugar preciso no mundo como o era antes da Ascensão; agora está no senhorio de Deus, presente em cada espaço e tempo, próximo a cada um de nós. Na nossa vida não estamos nunca sozinhos: temos este advogado que nos espera, que nos defende. Não estamos nunca sozinhos: o Senhor crucificado e ressuscitado nos guia; conosco há tantos irmãos e irmãs que no silêncio e na ocultação, em sua vida de família e de trabalho, em seus problemas e dificuldades, em suas alegrias e esperanças, vivem cotidianamente a fé e levam, juntos a nós, ao mundo o senhorio do amor de Deus, em Cristo Jesus ressuscitado, que subiu ao Céu, advogado para nós. Obrigado.
quarta-feira, 27 de março de 2013
Simão de Cirene – o desconhecido que participa no Cristo da nossa dor.
Cantamos
na oração da Via Sacra na 5 estação “No caminho do calvário, uma auxilio é
necessário, não lhe nega o Cirineu, não lhe nega o Cirineu”. É um desconhecido
que provavelmente não sabia o que estava acontecendo e talvez nunca tinha
ouvido falar de Jesus,é obrigado a fazer o papel de humilhação e ajudar um
'condenado' a carregar seu instrumento de morte, na bíblia ele aparece em
Mc15,21-22, Simão de Cirene é assim exemplo daquele que faz o 'bem sem olhar a quem'. Imaginemos o encontro de
olhares entre Jesus e o Cirineu, quanta beleza, que momento profundo de Deus
aquele homem experimentou. A sagrada escritura acentua que mesmo dando esse
'apoio' ao Cristo Simão de Cirene vai atrás de Jesus, mais uma vez nos mostra a
profundidade do seguimento e do não sentimento de pena para com o Cristo, antes
nosso olhar deve ser o de olhar para o sofredor e ver ai o Cristo e sermos na vida
desse irmão um Cirineu.
Nunca faremos o papel ou seremos Deus na vida do irmão,
mas podemos e devemos estender a mão aos que estão na margem ajudá-lo a de fato
carregar sua cruz, é o que significa ser comunidade-companheiro-compadecer-se
ser um com! Isso claro com os olhos em Jesus, seguindo seu exemplo de doação
plena no amor-doação.
Que possamos não só na Semana Santa mais desde ela
sermos outros Cirineus e ajudarmos a tantos sofredores a carregar as suas pesadas cruzes e sofrimentos.
Um abraço!
Alexandro
Freitas
quinta-feira, 21 de março de 2013
Verônica um apoio e conforto na dor.
Verônica
ao contrario do que muitos pensam não é um nome, esse termo quer dizer “verdadeira
imagem” e a tradição Cristã traz verônica na oração da via-sacra como aquela
que no caminho do calvário atenta ao sofrimento do Senhor enxuga seu rosto para
lhe ser um alívio e o rosto do Senhor fica gravado no manto. Estampado ali
mostra que não foi poupado nem se quer uma gota do precioso sangue do Senhor
para nossa salvação e que a partir daquele momento o sofrimento humano estaria configurado ao de Jesus, é mais uma
prova de que ele assume a minha e a sua dor (pecado) não como pecador, mas como
aquele se deixa consolar na sua dor, abandonando o egoismo e nos ensinando que
minha dor não pode ser motivo de aspereza, grosseria, má educação. Verônica nos
mostra como devemos agora nós, fazermos o mesmo pelos menos favorecidos, pelos
que pela beira do caminho tem seu rosto marcado pela dor, tem o sangue
escorrendo e não tem um alívio, um balsamo para o coração, que sente ainda a
dor, mas agora tem esse amparo. (ser cristão)
A
busca pelo manto de Verônica preocupou muitos estudiosos e curiosos, sua
existência nunca foi confirmada bem como a da própria Verônica, especula-se que
tenha vivido no século I ou ainda que seja ela a mulher hemorroíssa citada nos sinóticos. (Mt 9,18-22, Mc
5,21-43,Lc 8,40-56) O que porém não tira dessa mulher seu 'brilho' pois a
hemorroíssa nos mostra o quanto Deus é bom! Imaginem uma mulher que sangrava por
12 anos, que na cabala bíblica implica dizer 'a vida toda', e o sangue era sinal claro de impureza, tanto
que a mulher judia no período menstrual ficava recruza, isolada e tinha de
passar pela purificação para volta ao convívio. Agora quanto mais uma doente,
exalando mal cheiro, diminuída, abandonada, carente, lesada ousa ir ao encontra
e tocar – (quem lhe disse que tocar a salvaria?Quem lhe tinha apresentado Jesus?
Mas só quem experimentou tanta doçura pode ter a sensibilidade de na dor trazer
um alívio e cantar 'Se há dor, igual a minha dor') Certo mesmo é que esse termo
foi associado a um nome que conquistou grande popularidade na tradição Cristã.
Que
possamos nessa Semana Santa que se inicia aprender de Verônica a enxugar o
rosto de tantos irmãos que sofrem carregando pesadas cruzes, afinal quantas
vezes também nós não ansiamos para que naquele momento mais duro da nossa vida
aparecesse uma “Verônica” para amenizar nossa dor?
Um abraço!
Alexandro Freitas
terça-feira, 19 de março de 2013
Homilia de posse do Papa Francisco
Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do
ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono
da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o
onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de
estima e gratidão.
Saúdo, com afeto, os irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os
diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela
sua presença, aos representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais,
bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades
religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo,
às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.
Ouvimos ler, no Evangelho, que “José fez como lhe
ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa” (Mt 1, 24). Nestas palavras,
encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos,
guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se
alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: “São José, assim como
cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus
Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a
Virgem Santíssima é figura e modelo” (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1).
Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no
silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando
não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus,
aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada
momento.
Permanece
ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos
difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e
felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca
preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré,
na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja?
Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao
projecto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos
na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a
fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a
casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito.
E José é
“guardião”, porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por
isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão
confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o
rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se
responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também
qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para
guardar os outros, para guardar a criação!
Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós,
cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz
respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como
se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito
por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas,
cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos
idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do
nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se
reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo,
os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as
amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente
tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz
respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da
criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica
ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem “Herodes” que
tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em
âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa
vontade: sejamos “guardiões” da criação, do desígnio de Deus inscrito na
natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de
destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para “guardar”,
devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o
orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos
sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as
más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade,
ou mesmo de ternura.
A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar
requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece
como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma
grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota
fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira
abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do
ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um
poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se
trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice
convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas.
Não
esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa,
para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu
vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de
fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e
acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais
pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no
Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu,
doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz
de proteger.
Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma
esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança,
para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu
cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos
esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura
e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de
tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós
cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte
de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa,
especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o
Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos
chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor
aquilo que Deus nos deu!
Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São
Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério,
e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém.
(Fonte: Boletim da Santa Sé)
quinta-feira, 14 de março de 2013
VIA SACRA – CAMINHO DE CRUZ
A tradição da Igreja nos reservou um belíssimo
tesouro da oração, que é a Via Crúcis ou Via Sacra ou ainda Via Dolorosa.
Surgida no período das cruzadas (séc XI até
XIII) essa oração nos chama a atenção para o percurso narrado nos evangelhos
sinóticos, de Jesus rumo a morte e morte de cruz. Quando olhada como puro texto
a via sacra parece mais o 'choro' contido de um povo que acompanha a morte de
um jovem injustiçado.
Porém, a Via Sacra não pode ser traduzida como
mera contemplação 'melosa' da morte de Deus, até porque é preciso ter um olhar
atento a vida toda do Senhor para só assim entender seu martírio que não é
morte de Deus!
Ao contemplarmos a Cruz de Jesus não podemos
sentir pena, dó ou qualquer tipo de sentimento mesquinho para com Jesus, seu
martírio não é fruto de um crime cometido por ele, se é que queiramos falar de
'crime' os 'criminosos' somos nós e não o Nosso Senhor, fomos nós que rompemos
a aliança que ele veio restaurar, Jesus experimentou em tudo a nossa humanidade
exceto no pecado, justamente por isso não morre por culpa sua, morre com um
propósito de amor, não precisaria ser assim, não era essa a maneira por
excelência para o resgate do homem, mais foi essa que lhe foi imposta e ele
assumiu.
Imaginemos como foi de fato doloroso o caminho
feito pelo Senhor, após uma noite de açoite e prisão é humilhado no pátio do
palácio de Pilatos e é entregue para a humilhação publica, como se já não lhe
bastasse a condenação à morte ter que carregar seu instrumento de morte, não
era comum esse ato, porém os chefes queriam humilhá-lo muito, mais Deus é
incrivelmente difuso em sua lógica, não pensa como nós homens, Ele pensa além e
mais que isso vai além.
Já no inicio de seu caminho doloroso vemos
claramente um caminho de amor-doação ao ser condenado sabe o quanto vai sofrer
e não é um sado masoquista mais é alguém que está em plena sintonia com o plano
divino, aliás sua vontade é uníssona, é a mesma, é partilha e sintonia entre
Pai Filho e Espírito Santo o querer de
Cristo é o mesmo das outras duas pessoas da trindade, quer dizer, é Deus que se
dobra mais uma vez para resgatar o homem porém dessa vez é de uma vez por todas
por isso o caminho é doloroso, sobre os seus ombros o peso não é de madeira
simplesmente é o peso de toda humanidade que não lhe um peso em si mas o peso
do pecado que escraviza e não deixa o homem ser livre, esse peso pode ser
contemplado mais eficazmente durante as 3 quedas do Senhor, mostra e evidencia
mais uma vez que o peso dos pecados carregados e representados naquele madeiro
não é seu, pois se o fosse suportaria, isso não implica dizer que Deus não pode
tudo mas que é por nossa culpa, quem o condena e quem é humilhado publicamente
sou eu, você e todos os que calcam seus pés nesse chão.
Prova clara e evidente do amor-doação de Deus
por nós é sua via, Ele a fez para que nós não mais a fizéssemos, seu propósito
é o de sermos felizes. Porém ao olharmos a via-sacra não cultuamos um Deus
morto, fracassado e sofredor, mesmo que do alto de sua cruz clame “meu Deus,
meu Deus, porque me abandonaste” é um grito humano, o mais humano de Jesus, e
que em nada encobre seu gesto de amor-doação mas ao contrario em seguida ele
clama, Pai em tuas mãos eu entrego meu espírito” mais um sinal de amor-doação.
Jesus cumpre sua missão de nos salvar, mais não
para ai, como é próprio de seu caráter, não sabe não amor, não tem limites e
não se cansa de nós, não desiste de nos amar, e justamente por nos ter dado a
chance de restaurar-nos de uma vez por todas quis deixar um símbolo, pois nossa
mente humana, escassa, inerte, falha esqueceria ou se acomodaria eis a
eucaristia o memorial da salvação.
Irmão e irmãs, não nos esqueçamos desse gesto de
amor-doação, insisto! Não nos esqueçamos, o sofrimento não é autoria de Deus,
não agrada a Deus, não vem dele! Se por ventura vier, cabe a nós imitá-lo e
tomar a cruz, não para nos igualar-nos a Ele mas de assumirmos com Ele uma cruz
que é nossa, não como o mal ladrão, mas como alguém que entende seu papel e
após experimentar o amor emanado, jorrado do lado aberto da Cruz dá também sua
contribuição”Humilhai-vos diante do Senhor, e Ele vos elevará.” Tg 4,10 mais não
paremos ai e assumamos o convite-chamado
“Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde
Cristo está sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque estais mortos e a
vossa vida está escondida com Cristo em Deus”, (Cl 3,1-3)
Um abraço!
Alexandro Freitas
Habemuns papam
O Blog Kerigma se alegra com toda a Igreja com a eleição do Santo padre Francisco e pede sua benção.
DISCURSO NA INTEGRA DO SANTO PADRE APÓS SUA ELEIÇÃO
“Irmãos e Irmãs, boa noite! Vocês sabem que o dever do conclave era de
dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo
quase no fim do mundo. Mas, estamos aqui! Vos agradeço pela acolhida, à
comunidade diocesana, ao seu bispo. Obrigado!(…aplausos…) Antes de tudo,
gostaria de fazer uma oração pelo nosso bispo emérito Bento XVI
(…aplausos…). Rezemos todos juntos por ele, para que Deus o abençoe e
Nossa senhora o proteja. (segue a oração do Pai Nosso, da Ave Maria e do
Glória ao Pai). E agora comecemos este caminho bispo e povo, bispo e
povo. Este é o caminho da Igreja de Roma que é aquela que precede na
caridade todas as outras Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor,
de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós, um pelo outro, rezemos
por todo o mundo, para que exista uma grande fraternidade. Desejo que
este caminho de Igreja, que hoje começamos e que me ajudará o meu
Cardeal Vigário aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta
tão bela cidade. (aplausos). E agora gostaria de dar uma bênção, mas
antes vos peço um favor. Antes de o bispo abençoar o povo vos peço que
vocês rezem ao Senhor para que me abençoe. A oração do povo pedindo a
bênção pelo seu bispo. (…aplausos…). Façamos em silêncio esta oração de
vocês por mim”!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
A verdadeira causa da renúncia do Papa.
COMO SEMINARISTA E ESTUDANTE DE TEOLOGIA ME TENTEI A ESCREVER ALGO SOBRE A RENUNCIA DO PAPA, PORÉM AO DESCOBRIR ESSE TEXTO RESOLVI COPIÁ-LO AQUI NO BLOG E PARTILHAR COM VC´S LEIAM VALE MUITO A PENA.
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"Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender as 8h da manhã quando te acordam para dizer em poucas palavras: “Daniel, o papa renunciou.” Eu apressadamente contestei: “Renunciou?”. A resposta era mais que óbvia, “Renunciou, Daniel, o papa renunciou!”.
O papa renunciou. Assim amanheceu escrito em todos os jornais, assim amanheceu o dia para a maioria, assim rapidamente alguns tantos perderam a fé e outros muitos a reforçaram. Poucas pessoas entendem o que é renunciar.
Eu sou católico. Um de muitos. Desses que durante sua infância foi levado à missa, cresceu e criou apatia. Em algum ponto ao longo da estrada deixei pra lá toda a minha crença e a minha fé na Igreja, mas a Igreja não depende de mim para seguir, nem de ninguém (nem do Papa).
Em algum ponto da minha vida, voltei a cuidar da minha parte espiritual e assim, de repente e simplesmente, prossegui um caminho no qual hoje eu digo: Sou católico. Um de muitos sim, mas católico por fim. Mas assim sendo um doutor em teologia, ou um analfabeto em escrituras (desses que há milhões), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de provocações e orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre sendo Papa. Por isso hoje quando acordei com a notícia, eu, junto a milhões de seres humanos, nos perguntamos “por que?”. Por que renuncia senhor Ratzinger? Sentiu medo? Sentiu a idade? Perdeu a fé? A ganhou? E hoje, 12 horas depois, creio que encontrei a resposta: O senhor Ratzinger renunciou toda a sua vida.
Simples assim.
O papa renunciou a uma vida normal. Renunciou ter uma esposa. Renunciou ter filhos. Renunciou ganhar um salário. Renunciou a mediocridade. Renunciou as horas de sono pelas horas de estudo. Renunciou ser só mais um padre, mas também renunciou ser um padre especial. Renunciou preencher a sua cabeça de Mozart, para preenchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a, tendo 85 anos, estar aposentado, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou desfrutar de seu país. Renunciou seus dias de folga. Renunciou sua vaidade. Renunciou a defender-se contra os que o atacavam. Sim, isso me deixa claro que o Papa foi, em toda sua vida, muito apegado à renuncia.
E hoje, voltou a demonstrar. Um papa que renuncia a seu pontificado quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas nas mãos de alguém maior, parece ser um Papa sábio. Nada é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem seus sacerdotes, nem os laicos, nem os casos de pedofilia, nem os casos de misericórdia. Nada é maior que ela. Mas ser Papa nesse tempo do mundo, é um ato de heroísmo (desses heroísmos que acontecem diariamente em nosso país e ninguém nota). Recordo sem dúvida, as histórias do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como morreu? Sim, em uma cruz, crucificado igual ao teu mestre, mas de cabeça para baixo. Hoje em dia, Ratzinger se despede de modo igual. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado pelos seus irmãos católicos. Crucificado pela sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade que tanto dói entender. É um mártir contemporâneo, desses que se pode inventar histórias, a esses que se pode caluniar e acusar a vontade, que não respondem. E quando responde, a única coisa que faz é pedir perdão. “Peço perdão pelos meus defeitos”. Nem mais, nem menos. Quanta nobreza, que classe de ser humano. Eu poderia ser mórmon, ateu, homossexual e abortista, mas ver uma pessoa da qual se dizem tantas coisas, que recebe tantas críticas e ainda responde assim... esse tipo de pessoa, já não se vê tanto no mundo.
Vivo em um mundo onde é engraçado zombar o Papa, mas que é um pecado mortal zombar um homossexual (e ser taxado como um intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo em um mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um senhor de 85 anos que quer o melhor para a Instituição que representa, mas lhe indagamos com um “Com que direito renuncia?”. Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Ninguém se sente cansado ao ir pra escola. Ninguém se sente cansado ao ir trabalhar. Vivo um mundo onde todos os senhores de 85 anos estão ativos e trabalhando (sem ganhar dinheiro) e ajudam às massas. Sim, claro.
Mas agora sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que vai sentir falta do senhor. Em um mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, mas que em 50 anos se lembrará como, com um simples gesto de humildade, um homem foi Papa, e quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu partir por amor à sua Igreja. Vá morrer tranquilo senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem um corpo exibido em São Pedro, sem milhares aclamando aguardando que a luz de seu quarto seja apagada. Vá morrer, como viveu mesmo sendo Papa: humildemente.
Bento XVI, muito obrigado por renunciar."
O papa renunciou. Assim amanheceu escrito em todos os jornais, assim amanheceu o dia para a maioria, assim rapidamente alguns tantos perderam a fé e outros muitos a reforçaram. Poucas pessoas entendem o que é renunciar.
Eu sou católico. Um de muitos. Desses que durante sua infância foi levado à missa, cresceu e criou apatia. Em algum ponto ao longo da estrada deixei pra lá toda a minha crença e a minha fé na Igreja, mas a Igreja não depende de mim para seguir, nem de ninguém (nem do Papa).
Em algum ponto da minha vida, voltei a cuidar da minha parte espiritual e assim, de repente e simplesmente, prossegui um caminho no qual hoje eu digo: Sou católico. Um de muitos sim, mas católico por fim. Mas assim sendo um doutor em teologia, ou um analfabeto em escrituras (desses que há milhões), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de provocações e orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre sendo Papa. Por isso hoje quando acordei com a notícia, eu, junto a milhões de seres humanos, nos perguntamos “por que?”. Por que renuncia senhor Ratzinger? Sentiu medo? Sentiu a idade? Perdeu a fé? A ganhou? E hoje, 12 horas depois, creio que encontrei a resposta: O senhor Ratzinger renunciou toda a sua vida.
Simples assim.
O papa renunciou a uma vida normal. Renunciou ter uma esposa. Renunciou ter filhos. Renunciou ganhar um salário. Renunciou a mediocridade. Renunciou as horas de sono pelas horas de estudo. Renunciou ser só mais um padre, mas também renunciou ser um padre especial. Renunciou preencher a sua cabeça de Mozart, para preenchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a, tendo 85 anos, estar aposentado, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou desfrutar de seu país. Renunciou seus dias de folga. Renunciou sua vaidade. Renunciou a defender-se contra os que o atacavam. Sim, isso me deixa claro que o Papa foi, em toda sua vida, muito apegado à renuncia.
E hoje, voltou a demonstrar. Um papa que renuncia a seu pontificado quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas nas mãos de alguém maior, parece ser um Papa sábio. Nada é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem seus sacerdotes, nem os laicos, nem os casos de pedofilia, nem os casos de misericórdia. Nada é maior que ela. Mas ser Papa nesse tempo do mundo, é um ato de heroísmo (desses heroísmos que acontecem diariamente em nosso país e ninguém nota). Recordo sem dúvida, as histórias do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como morreu? Sim, em uma cruz, crucificado igual ao teu mestre, mas de cabeça para baixo. Hoje em dia, Ratzinger se despede de modo igual. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado pelos seus irmãos católicos. Crucificado pela sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade que tanto dói entender. É um mártir contemporâneo, desses que se pode inventar histórias, a esses que se pode caluniar e acusar a vontade, que não respondem. E quando responde, a única coisa que faz é pedir perdão. “Peço perdão pelos meus defeitos”. Nem mais, nem menos. Quanta nobreza, que classe de ser humano. Eu poderia ser mórmon, ateu, homossexual e abortista, mas ver uma pessoa da qual se dizem tantas coisas, que recebe tantas críticas e ainda responde assim... esse tipo de pessoa, já não se vê tanto no mundo.
Vivo em um mundo onde é engraçado zombar o Papa, mas que é um pecado mortal zombar um homossexual (e ser taxado como um intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo em um mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um senhor de 85 anos que quer o melhor para a Instituição que representa, mas lhe indagamos com um “Com que direito renuncia?”. Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Ninguém se sente cansado ao ir pra escola. Ninguém se sente cansado ao ir trabalhar. Vivo um mundo onde todos os senhores de 85 anos estão ativos e trabalhando (sem ganhar dinheiro) e ajudam às massas. Sim, claro.
Mas agora sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que vai sentir falta do senhor. Em um mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, mas que em 50 anos se lembrará como, com um simples gesto de humildade, um homem foi Papa, e quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu partir por amor à sua Igreja. Vá morrer tranquilo senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem um corpo exibido em São Pedro, sem milhares aclamando aguardando que a luz de seu quarto seja apagada. Vá morrer, como viveu mesmo sendo Papa: humildemente.
Bento XVI, muito obrigado por renunciar."
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Eu só quero pedir minhas desculpas mais humilde e sincero, se alguém se sentiu ofendido ou insultado com meu artigo. Considero cada (Mórmons, os homossexuais, os ateus e aborto) como meu irmão, não mais, não menos.Sorriso, que vale a pena ser feliz.
Fonte: http://oehd.wordpress.com/2013/02/12/siempre-renuncias-benedicto/
sábado, 9 de fevereiro de 2013
ANO DA FÉ - Primeiro Video de 2013
Favor aumentar o volume do seu computador aos assistir o video.sábado, 2 de fevereiro de 2013
NOVIDADES EM 2013
Olá amigos e leitores do blog kerigma, esse ano de 2013 traremos uma novidade além dos textos semanais iremos postar o vídeo MOMENTO KERIGMA uma vez por mês.
Queremos com isso interagir e nos aproximar dos mais 500 leitores mensais que passam pelo nosso blog, e pelo nosso facebook você poderá deixar sugestão de temas para o nosso bate papo mensal, tentaremos na medida do possível fazer entrevistas com alguns amigos do blog, quem sabe não entraremos em contato com você para participar conosco.
2013 promete ser uma ano abençoado.
Divulguem essa ideia.
Um abraço fraterno!
Alexandro Freitas
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