quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

“No amor ao próximo, o pobre é rico; sem o amor ao próximo, o rico é pobre.”


Esse belíssimo pensamento de Santo Agostinho soa para alguns como mero trocadilho medieval para o conformismo da massa pobre participante da Igreja, porém esse Santo homem de Deus que além de muita sabedoria possuía em plenitude a humildade quis ir muito mais além, quis nos remeter a uma realidade bastante nova e desafiadora, o amor.
Com esse pensamento o bispo de Hipona ainda nos alertar para uma intrigante realidade, a da dicotomia pobreza e riqueza. Digo dicotomia porque muito se fala em riqueza e pobreza, mas pouco se reflete sobre o assunto. O que nos aponta Agostinho é justamente  o fato de que ou nos convencemos de que o amor de Deus deve provocar em nós o amor ao próximo ou nos tornaremos até belos por fora mais vazios por dentro, isso é riqueza e pobreza, vejamos que podemos ter monetariamente tudo o que for possível, porem se isso não me torna um ser humano melhor me torno um rico pobre.
Agora, não vamos usar aquela frase “dinheiro não traz felicidade”, não é essa a discussão e sim o fato de o amor nos enobrecer na arte de transformar nossa pobreza em luz para o próximo, de extrair do outro o amor de que eu necessito e ao mesmo tempo doar a ele esse amor, quer dizer, fazer essa troca onde todos ganham e o amor aproxima as classes, as etnias, as diversidades,  enfim todos os que desejam colocar as diferenças sob os pés de Deus e querem apenas estender a mão para somarmos forças para lutar por um mundo onde a paz e o amor sejam realidades vibrantes e fecundas.
Nunca perderemos quando apostarmos no amor, pois ele tudo espera, tudo suporta, tudo perdoa e as escrituras nos assegura isso, mais do que falar amar é fazer, são gestos transformados em ação, que fazem acontecer o verdadeiro amor.  O que de verdade nos interessa é amar os irmãos, só amar e isso basta, o amor transforma a pobreza, a secura em fonte renovadora, em manancial de fraternidade e ajuda mútua, transforma o pobre e o rico em irmãos, aliás quando há amor todos são ricos, ricos da graça de ser unidade que simplesmente ama e se deixar amar.
Amar é o que nos falta para sermos mais amigos e menos omissos. Amar é o que vai nos aproximar de Deus e do seu amor, que é infinitamente maior que o nosso mais que também nós sejamos reflexos dele já aqui com o próximo.

Pense Nisso e Deus os abençoe.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

“Onde não há amor, coloca amor e encontrarás amor.”

Essa máxima de São João da Cruz nos inspira a sair do nosso comodismo e dar o passo de amar por primeiro, gosto muito dela, pois indaga e questiona cada um daqueles que receberam a semente do verbo e agora não sabe o que fazer ou ainda acreditam - desacreditando no amor.
É até engraçado falar de um assunto tão pertinente quanto o amor numa sociedade onde essa nobre arte é tida como produto descartável, mas nós que bebemos da fonte primeira do amor não podemos nos enveredar por esse caminho, vejamos, as escrituras nos afirmam em João no capítulo quatro que Deus é amor, não só tem, não só possui, mas é o amor, quer dizer é o manancial de onde jorra para nós essa beleza.
O convite de São João da Cruz para nós hoje é exatamente para sermos os primeiros a amar e mais que isso colocar, injetar, despejar amor para transformar e semear a esperança. O Místico ainda nos pede para buscarmos amor, parece até um paradoxo sem sentido, mas pelo contrário é isso mesmo é colocar sua parcela de amor para provocar a parcela do irmão e juntos aproveitarmos a generosa totalidade do amor de Deus por nós.
Vamos juntos semear amor para colhermos amor, para levarmos e receber dos irmãos o seu amor anexo ao de Deus que com certeza nos fará um bem imenso e nos transformara em novos homens e mulheres protagonistas de uma história pautada na solidariedade, na justiça e principalmente no amor, que é o inicio desse trajeto único e especial que Deus nos convida a praticar aqui para plenamente vivenciar no Céu.
Vamos juntos amar e sermos amados por Deus e pelos irmãos?
Pense Nisso e boa Semana.

Alexandro Freitas

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A “Regra de Ouro”

“E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também.”  (Lc 6, 31)

Quando falamos no amor se faz necessário falar também de todas as suas faces, uma delas com certeza é a da reciprocidade, quer dizer, é o fazer aos outros como se estivesse fazendo a si mesmo.
Sabiamente a Igreja entendeu isso como a Regra de Ouro, ou seja, é um segredo, uma chave que com certeza vai nos abrir portas lindas rumo à felicidade.
Vejamos que essa regra é muito simples de ser cumprida, pois basta tratar o outro como eu gosto e mereço ser tratado. Pode até vir aquela pergunta, mas o que isso tem a ver com minha vida de fé ? Eu diria que ocupa um papel muito importante, pois vejamos, se eu gosto, por exemplo, de tomar água fria, toda vez que eu esvaziar a jarra da geladeira nada mais justo do que eu enchê-la para que o próximo a encontre com água fria também, outro exemplo, se eu gosto de estar num ambiente limpo arejado eu não devo sujar um local aonde outros virão depois de mim, e por ai vai, poderia aqui dar vários exemplos de mais do que gentilezas mais sim gestos de amor.
Parece até ingênuo ou bobo, mais é assim que vamos construir um reino de amor, de paz enfim, reconhecemos o cristão nos pequenos gestos, pois a regra de ouro também se realiza nas minúcias diárias, o amor se faz de pequenos, mas profundos gestos.
A regra de ouro com certeza enobrece e eleva aqueles que querem dar esse passo rumo a servir e amar, mais do que somente sugar dos outros dar também, mas não dar o que me sofre ou aquilo que me é inferior, mas sim aquilo que eu gostaria que me dessem, não por comodismo ou etiqueta, e sim por exercitar o amor entre nós.
Assim acabaremos de vez com o enorme abismo que nos separa dos irmãos menos favorecidos ou ainda aqueles que ainda não amamos o suficiente, dar na mesma medida que gostaríamos de ganhar é uma chave de felicidade.
Meu irmão minha irmã, o convite está feito, o desafio está lançado agora cabe a nós dar os passos para a regra de ouro ser mais do que utopia e passar a ser realidade plena em nosso meio. Aceitas o desafio?

Pense nisso! Deus os abençoe e boa Semana.

Alexandro Freitas.   

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Oração do Seminarista

Senhor Deus, obrigado por ter me chamado a estar no seminário, sei que o chamado não é para ser seminarista e sim padre. Quero aproveitar bem esse tempo de formação.
Peço ainda, deposite em meu coração os propósitos oriundos do teu coração, ensina-me amar a todos e em todos enxergar o rosto do teu filho Jesus e assim irradiar somente o teu amor e colocar em minha vida a prática da tua vontade.
Pastor eterno, quero ser padre aos teus moldes, capaz de, se preciso for, dar a vida por aqueles aos quais me confiar.
Abençoe-me, presbítero eterno e sumo sacerdote, pois quero ser padre, e enquanto passo pelo processo inicial de formação me ajude a ser um santo seminarista para também ser um padre santo.
                                                                                                                                                Amém. 

Alexandro Freitas