quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Grande propósito do pequeno santo.

                                                                                                                                 Alexandro Freitas[1]

São Domingos Sávio (1842-1857) é o santo mais jovem a ser canonizado. Nasceu em Riva, vila de Castelnuevo de Asti, Itália. Filho de uma costureira e um ferreiro. Domingos tinha mais dois irmãos, e desde cedo manifestou seu desejo de ser padre.
Teve como pai espiritual e primeiro biógrafo São João Bosco, em outubro de 1854 ingressou no oratório de São Francisco de Sales, em Turim. Ali viveu piamente sua fé e foi zeloso com tudo o que lhe foi confiado.
Porém, o que nos impressiona quando entramos em contato com a vida deste santo é o propósito que fizera aos 7 anos de idade, quando fez sua primeira comunhão. Este propósito nos mostra tão grande maturidade espiritual e uma pureza imensurável; com sua letrinha simples de criança escreve:
1. Vou me confessar e comungar quantas vezes meu confessor permitir;
2. Quero santificar os dias de festa;
3. Meus amigos serão Jesus e Maria;
4. Antes morrer do que pecar.
De fato, quanta maturidade. Só mesmo alguém de profunda intimidade com Cristo pode elaborar tão simples mais profundo propósito, e mais que isso, cumpri-lo com amor. O quarto ponto elencado por Domingos nos deixa claro o porquê mereceu ser chamado de “pequeno gigante”, justamente porque foi capaz de evitar o pecado a ponto de chegar aos altares ainda na juventude.
O que é muito bonito nesse propósito de Domingos é o fato de se tratar de uma criança, cabe aqui um sério questionamento: Que educação recebera essa criança para assim pensar? O que lhe era ensinado? Quais valores lhe era apresentado? Se não a resposta ao menos pista vamos encontrar em uma de suas biografias em que aparece um episódio em que Domingos diz a um colega: “Eu quero ser santo, se não me santificar, serei um fracasso”. Desde aí começou a fazer “pequenos sacrifícios” pedindo a salvação das almas; esfregava as mãos na neve, colocava pedras no colchão, doava suas roupas de frio para os meninos pobres... Até que Dom Bosco descobre e proíbe de fazer sacrifícios que lhe prejudicasse a saúde que já lhe era tão frágil, mas lhe ensinou uma pequena fórmula para ser santo: “Ser sempre alegre... Fazer bem feito todas as coisa”, a preocupação do Pai espiritual de Domingos o fez sem sombra de dúvida viver mais intensamente sua santidade. Ao nos depararmos com esses fatos da vida de Domingos é impossível não se encantar, e ao mesmo tempo se questionar, pois se um garoto de 7 anos conseguiu ser fiel a um propósito feito a Deus, e fez de sua curta mais marcante vida uma expressão de santidade, não podemos nós também fazê-lo? Uma coisa é certa, ele conseguiu ser fiel porque ouvia Deus falar, e não questionava, seguia o exemplo de Maria Auxiliadora.
Alguns podem até considerá-lo radical, inadequado, porém o que Domingos nos ensina é fazer-se fiel, puro e simples. Com seu pequeno gesto nos mostra como ser grande perante Deus.                    


[1] Seminarista da diocese de Apucarana 

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