sábado, 24 de setembro de 2011

“Deixai, agora, vosso servo ir em paz”. (Lc 2, 29)

            Ao rezarmos esse cântico junto com o velho Simeão logo nos colocamos a pensar; será que também nós teremos a alegria de contemplar a face de Deus?
O Velho Simeão era um servo fiel, e acreditou piamente na promessa que fora feita por Deus aos seus antepassados, sabia que Deus viria visitar seu povo e ele estava vigilante, porém não estava estático, parado de braços cruzados e também não foi um golpe de sorte. Alguns podem dizer que ele estava no lugar certo e na hora certa, evidentemente não, Simeão vive um verdadeiro kairós, foi um encontro marcado não no crônos (tempo do relógio) e sim por Deus.
Bom seria se todos pudessem passar pela mesma experiência de Simeão, tomar o Senhor nos braços contemplando sua pequenez de recém nascido e ao mesmo tempo seu grandioso amor de Deus. Experiência semelhante a dele fazemos na Eucaristia onde também nos deparamos com a fragilidade do pão Eucarístico e ao comungarmos somos tomados da grandeza da misericórdia de Deus.
Rezar “deixai, agora vosso servo ir em paz” vai além de repetir o que está escrito na Bíblia e sim uma tomada de consciência de que se hoje o anjo da morte vier nos buscar estaremos prontos, primeiro porque nos encontramos com Deus na Eucaristia e depois porque confiamos em sua Palavra.
Meu irmão, minha irmã abramos nosso coração para tão grande mistério, que possamos toda a noite mais do que repetir o que Simeão disse, rezar com confiança e verdade que conseguimos contemplar a face de Deus, na Eucaristia, no irmão, na Palavra, no trabalho, nos meus mais simples gestos e que nada mais me importa. E se ainda não chegou minha hora ou ainda não consegui ver Deus nessas dimensões, que eu me esforce mais e busque vê-lo pois, triste será perder a oportunidade de contemplar Deus e perder-se, uma vez que a promessa é para todos basta buscar no  lugar certo e de coração sincero.

Deus lhes abençoe.
                                                                                                                   Alexandro Freitas    

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